Escrevi ouvindo: Lágrimas e Chuva – Kid Abelha
Nas últimas semanas, eu venho olhado mais para mim e respeitando mais os meus sentimentos. Sabe, eu costumo partir do princípio que nós precisamos dar aquilo que temos: nem mais nem menos. Eu acabo dando amor porque é aquilo que faz parte de mim. Eu confesso que gosto de fazer declarações sem querer, andar de mãos dadas, sentir minhas bochechas corarem e encher de beijos…
Em contrapartida, às vezes, eu sinto que plantar o que eu tenho de mais precioso em terra infértil não é tão inteligente da minha parte. Dou um passo para trás e observo: existe reciprocidade? Respiro fundo e vou fundo se existir. Caso contrário, o amor vai esmaecendo aos poucos. Aquilo que era colorido vira cinza. Aquilo que era sólido vira pó. E vou entrando mais na minha e saindo de vez da sua.
Acredito que a reciprocidade é importante nas relações por mais efêmeras que sejam. É preciso colocar os nossos sentimentos na mesa e dizer o que esperando do outro e o que ele pode esperar da gente. Isso é respeitar e ser responsável pelo o que causamos. Eu odeio falsas impressões e ilusões bem pensadas. Por que não contamos logo a verdade? O coração não é um parque de diversões; mas, caso seja: quero saber quais os riscos que eu estou correndo agora.
Não quero provar a ninguém que eu sou incrível. Hoje, pela manhã, estava lendo um livro e uma parte dizia assim: ninguém é um amante ruim, apenas não encontrou a pessoa certa. Então, a gente não precisa sentir medo também de não ser bom o suficiente. Não deveríamos fazer complicadíssimas provas de amor pro outro ficar. Deveríamos ser mais sinceros com nós mesmos e deixar ser o que tiver de ser.